27 junho 2010

Uma coisa à parte.

Sei que vou me arrepender de escrever isso, e provavelmente vou acabar lendo e me perguntando o que eu tinha na cabeça para fazê-lo, mas, por hora, não quero pensar nisso. Só quero ficar sozinha e calada, e me banhar em um pouco de silêncio. Não quero ter que pensar em mais nada além de coisas que me deixam tranqüila, segura. Não quero ter que pensar (e voltar a sentir) naquele enorme e pulsante... vazio. Sim, vazio. A vontade que dá de deitar no chão do quarto e ficar ali quietinha, sem ninguém para falar nada sobre qualquer que seja o assunto, onde se pode falar sozinha, bem baixinho, tentando transmitir em palavras (mesmo que para si mesmo) o que se passa na mente confusa. Tentar entender a razão de certas tristezas, dores. Finalmente senti o peso do mundo sobre a minha cabeça, o peso das mágoas, das decepções, das mentiras. É duro perceber que ninguém vai estar lá, que quando eu precisar ninguém vai estar lá por mim. Ninguém vai parar para entender a minha dor, o que me aflinge, porque o máximo que o egoísmo humano permite é perguntar apenas por uma falsa educação. Ninguém vai realmente entender o que eu sinto, ou sequer se interessar em entender. Eu me sinto triste, traída, enganada... sozinha. Parece que ninguém no mundo lembra de mim. Eu me sinto invisível. Não quero apodrecer aqui, não sozinha. Quero gritar, quero que me enxerguem, quero que se importem, quero que... venham me ver. Que ao menos uma vez não seja eu a que vai se mover, que ao menos uma vez eu só tenha que ficar parada e esperar. Quero colo. Preciso de atenção, nem que signifique apenas um cafuné por alguns minutos sem trocar uma palavra sequer. Eu estou com raiva, muita raiva. E triste. Mas, no fim, estou apenas me sentindo sozinha.

Um comentário:

Unknown disse...

Nana...cê sabe que eu estou aqui...e que eu realmente me importo com você, não quero te ver sozinha nem triste, por isso que estou sempre indo te pertubar. *o*

Gosto de você,maninha. ^^
=*